Me pediram para que eu escreva um livro de memórias.
Mas o que eu escreveria? A verdade, a realidade ou a fantasia? 
Não sei, quem sabe um pouco de tudo para dar graça a memória. Se bem que me puxando as recordações de infância houveram muitos episódios cômicos. Mas em sua grande maioria foram etapas tristes de uma criança que se criou praticamente sozinha.
Acho que não escreverei nunca minhas memórias, pois para isso eu teria que dizer tudo o que aconteceu. Eu ainda não estou preparada para uma aventura perigosa dessas.
Há muitos espaços vazios e rasuras de infância que prefiro não relembrar. Mexer no passado, desenterrar meus mortos e caminhar com as almas.
Meus amigos me desculpem, eu honestamente não quero mexer no meu pretérito imperfeito.
Jamais escreverei minhas memórias...
As levarei comigo para a lápide.

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