Eu sou como a garça triste
As orvalhadas da noite
Me fazem tremer de frio.
Como os juncos da lagoa;
Feliz da araponga errante
Que é livre, que livre voa.
Para as bandas do seu ninho,
E nas braúnas à tarde
Canta longe do caminho.
Por onde o vaqueiro trilha,
Se quer descansar as asas Tem a palmeira, a baunilha,
Tem o brejo, a lavadeira,
Tem as campinas, as flores,
Tem a relva, a trepadeira,
Eu não tenho mãe nem filhos,
Nem irmão, nem lar, nem flores. Não estou voltando ainda, apenas matando a saudade...